quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia do Trabalho!!! 1º DE MAIO

TEXTO APLICADO AO 2º ANO

TEXTO I
Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago. Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket. Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional. Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1925 no governo de Rodrigues Alves. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.
Por Tiago Dantas
www.brasilescola.com

TEXTO II
CUT-SÃO PAULO Neste ano a comemoração será no autódromo de Interlagos – Zona Sul da capital, das 12h às 18h. O ato político está previsto para as 16h30. Simultaneamente, acontecerão grandes atos com shows populares em São Bernardo do Campo, Guarulhos e no Centro de Tradições Nordestinas – localizado na Zona Norte.
Programação:Interlagos: início às 12h00DanielPedro & ThiagoLeonardoGuilherme & SantiagoCésar Menotti Hino Nacional com João Carlos Martins e Orquestra Bachiana JovemCésar Menotti & FabianoBanda DomínioBeto & MárcioSó ModãoCia. Do CalypsoSaia RodadaMeninos de GoiásAndré & RenatoTradiçãoCésar & PaulinhoMate QuenteLeci Brandão
http://www.contee.org.br/

TEXTO III
Festas e protestos no Dia do Trabalho em Fortaleza
"Um dia para refletir sobre as conquistas e perdas do trabalhador. Conquistas como o direito a férias, 13° salário, e perdas como a redução de benefícios, baixas remunerações". A observação sobre o feriado de 1º de maio é do estudante Sidnei Custódio, 24, que atualmente está à procura de emprego. É nesse intuito, de celebrar e estimular a reflexão sobre a atual condição do trabalhador, que a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) promoverá, em parceria com outros órgãos públicos e privados, uma série de ações, no evento "1° de maio, trabalho, ecologia e paz". As comemorações iniciaram-se ontem, com um torneio de xadrez na Praça do Ferreira, e prossegue hoje, tendo início às 8 horas com um passeio ciclístico saindo do Sesc, no Centro. A partir do meio-dia, começará a prestação de serviços na Praça do Ferreira, com aferição de pressão arterial, avaliação física, corte de cabelo, maquiagem, emissão de carteira de trabalho. No Sesc São Luiz, haverá, a partir das 14 horas, um ato solene, com homenagem ao jornalista Blanchard Girão, exibição do documentário Uma Verdade Inconveniente, além de sorteio de brindes. "Nosso objetivo é fazer uma festa diferente para o trabalhador, abordando temas como ecologia, paz. Queremos também lembrar o caráter histórico desta data, um dia de luta, de conquista dos trabalhadores que devem sempre lutar para melhorar as condições de trabalho", afirmou o delegado Regional do Trabalho, José Nunes Passos. Às 16 horas, a CUT promoverá um ato público na Praça do Ferreira, com a abordagem de duas temáticas centrais: Desenvolvimento com Distribuição de Renda e Valorização do Trabalhador e Contra a Emenda 3 (projeto no Congresso que prevê a transformação dos empregados em pessoas jurídicas nas relações de trabalho). No Instituto de Filosofia de Praxis (rua Padre Mororó, 952), a partir das 9 horas, o grupo Crítica Radical irá promover um debate e apresentará um vídeo abordado o tema "Libertar-se no Trabalho?. Do outro lado da cidade, no Conjunto Palmeiras, a Pastoral Operária da Igreja Católica, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e demais movimentos sociais e populares realizarão um ato de protesto e reivindicações no Conjunto Palmeiras, a partir das 8 horas. A concentração será em frente à Escola Martha dos Martins, na Praça da Igreja do Conjunto Palmeiras, de onde os participantes sairão em caminhada pela avenida Castelo de Castro até a avenida Perimetral. O encerramento da manifestação será na feira do Conjunto São Cristóvão, com o testemunho de trabalhadores desempregados e apresentações artísticas.
O POVO - on-line

ATIVIDADE

APÓS A LEITURA DOS TEXTOS, FAÇA UM COMPARAÇÃO ENTRE ELES, PRODUZINDO UM COMENTÁRIO DE 10 LINHAS.

BOA LEITURA E BOM FERIADO!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A divisão do trabalho e a Indústria Moderna

A divisão do trabalho e a Indústria Moderna
Texto aplicado ao 2º ano

As classes dominantes sempre estiveram interessadas no recrutamento, na disciplina e na manutenção da força de trabalho. Isto é verdadeiro tanto para as sociedades capitalistas como para as sociedades feudais ou escravocratas. Embora nos dias de hoje o sistema salarial possa parecer estabilizado, possa parecer até uma instituição auto-regulada, isso deve-se a uma longa história de luta, durante a qual, a interacção de pressões econômicas e estatais foi forjando um proletariado dependente do salário para o seu próprio sustento. As formas mais severas de coerção aconteceram quando as relações capitalistas foram impostas nos territórios coloniais. Mas a formação de um proletariado industrial nas nações "civilizadas" também não foi um mar de rosas:
Devido à natureza da sociedade britânica do século XVIII, na qual surgiu o industrialismo moderno, devido à competitividade cruel imposta pelo mercado que o simples produtor tem de enfrentar, devido à alienação do trabalho que esta mudança de hábitos implica, e devido, acima de tudo, ao fato deles encararem os empregados como inimigos dentro do sistema distributivo de uma economia capitalista, o proletariado industrial moderno foi introduzido no seu papel, não tanto pela atração ou recompensa monetárias, mas mais por compulsão, força e medo. Não era permitido que se crescesse num jardim vibrante de sol; esse proletariado foi forjado a fogo pelos golpes poderosos de um martelo.... A relação típica é de domínio e medo, medo da fome, do despejo, da prisão para aqueles que desobedecerem às novas regras industriais. Até agora, a experiência de outros países num estágio semelhante de desenvolvimento não tem, no essencial, sido muito diferente. (Sidney Pollard, The Genesis of Modern Management [Baltimore, Maryland,: Penguin Books, 1968], 243)
A mudança para o sistema de trabalho assalariado alterou profundamente o modo de vida e o significado do trabalho para os antigos agricultores independentes e artesãos. No século XVII o trabalho para os assalariados na Inglaterra era visto como uma forma de escravatura. Não só eram muitas as fábricas construídas como asilos e prisões como também a disciplina laboral imposta nessas instalações pressupunha práticas prisionais. No período pre-industrial o tempo dedicado ao trabalho era determinado pela tarefa a ser executada e por condições naturais (o clima para os agricultores, as marés para os pescadores, etc). O trabalho, o lazer e as festas religiosas, foram interrelacionados, resultando daí uma ténue demarcação entre "trabalho" e "vida". *O sistema fabril, por outro lado, criou uma disciplina de trabalho completamente nova, onde o tempo e a tarefa passaram a ser rigidamente controlados por inspectores. O capitalismo acabou também por introduzir uma nova fase na divisão do trabalho. Para além de se ter verificado uma precoce divisão social do trabalho, o processo de produção foi ele próprio fragmentado. O extensivo uso da máquina, rotinizou os diferentes segmentos da produção à qual todo o trabalhador está ligado, transformando desta forma o trabalhador num apêndice da máquina que, tanto ele como ela, operam. Harry Braverman, Labor and Monopoly Capital (Nova Iorque: Monthly Review Press, 1974).


ATIVIDADE


BRASIL - terra que trabalha

A população brasileira é de 144 427 600
Menos os aposentados 22 236 521
Sobram 122 191 079
Menos os estudantes e as crianças 74 121 738
Sobram 48 069 341
menos os funcionários públicos 16 306 782
Sobram 31 762 559
Menos os líderes sindicais 1 482 434
Sobram 30 280 125
menos os marajás 4 756 201
Sobram 25 523 924
Menos os que foram para Portugal 3 295 231
Sobram 22 228 693
Menos os jogadores de futebol que foram para Itália 3 491
Sobram 22 225 202
Menos os que foram presos que deveriam estar soltos 11 936
Sobram 22 213 266
Menos os soltos que deveriam estar presos 5 352 091
Sobram 16 861 176
Menos os presos que deveriam continuar presos 7 584 212
Sobram 9 276 963
Menos os que não trabalham 2 018 597
Sobram 7 258 366
Menos os políticos 2 324 714
Sobram 4 933 652
Menos os parentes dos políticos 2 521 001
Sobram 2 412 651
Menos os amigos dos parentes dos políticos 2 412 649
Sobraram para trabalhar 2
VOCÊ E EU

E, francamente, vê se me dá uma mão, porque eu já estou cansado de levar esse país nas costas!!
( texto anônimo retirado de um pôster )

Responda:

1. Procure verificar nesse texto quantos preconceitos existem em relação a quem trabalha e quem não trabalha.
2. Faça uma relação das pessoas que ocupam cargos que você considera ociosos no Brasil.
3. O que você pensa sobre as seguintes frases: " O trabalho dignifica o homem" e "Quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro"?

Fonte: Iniciação à Sociologia - Nelson Dacio Tomazi